segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Eduardo Campos e a política brasileira


Hoje, 13/08 o Brasil acordou com a notícia de uma acidente aéreo em Santos. Ao longo da manhã as notícias foram chegando e aos poucos ficou claro que o candidato a presidência Eduardo Campos estava a bordo do avião acidentado. As imagens davam pouquíssima margem para otimismo. A morte do ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da república foi confirmada no começo da tarde deste fatídico 13 de agosto de 2014.

Do ponto de vista humano, e particularmente pra mim que utiliza frequentemente o transporte aéreo, um desastre como esse é bastante chocante e triste. Como consolar as famílias que perdem os entes queridos no auge de suas vidas? O luto guarda em si o silêncio que me parece ser o único alento num momento como esse.  

Estamos às vésperas do início da corrida eleitoral que tenho considerado uma das mais complicadas da curta e recente história de democracia do Brasil. A falta de ética e a desonestidade desgastaram a figura do político de carreira brasileiro de uma forma tão profunda que pude perceber hoje a perversidade que vem sendo externalizada pelo eleitor brasileiro e, não há como se isentar, eu mesmo compartilho parcialmente de alguma perversidade.

Ao longo do dia que deveria ser de luto e condolências, uma série de piadas e "conspirações" foram surgindo nas redes sociais (Facebook e Whatsapp). Todas elas sugerindo hipotéticos beneficiados pela ausência de Campos no pleito de 2014. 

O que deveria levar ao pranto tornou-se riso. Perversas e ignobeis, como definiu Sakamoto, muitas pessoas fizeram espetáculo da tragédia.

Por azar e talvez injustamente, Eduardo Campos represente uma classe tão desprezada pelo povo que nem mesmo a maior de todas as tragédias é capaz de suscitar o mínimo de respeito com o ser humano. É uma constatação terrível, mas sintomática de um país cujos representantes estão na posíção de semi-deuses no Olimpo chamado Brasília.

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