quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Liberdade de expressão vs. Islã


São notórias as notícias de embaixadas americanas sendo atacadas mundo afora por conta de um filme que expõe e ridiculariza crenças islâmicas. Um diplomata chegou a ser morto na Líbia vítima de um ataque que em princípio pareceu acidental, mas que a inteligência americana classificou como ato terrorista planejado.

Ainda essa semana um pequeno periódico francês publicou charges sobre o profeta Maomé e sobre o islamismo como forma de demonstrar que a liberdade de expressão deve estar acima de tudo. Como consequência, a França fechou suas embaixadas em cerca de 20 países com medo das possíveis represálias por parte das populações daqueles países.

Em geral, as opiniões sobre o assunto convergem para o fato de que não houve bom senso por parte dos autores das publicações já que o mundo Ocidental vive dias de tensão com o mundo Islâmico. Realmente, o que não sobrou foi falta de bom senso antes das publicações. Ainda mais no caso francês que jogou mais lenha na fogueira que já ardia firme. 

Contudo, dizer que há razão nos protestos que pipocam no oriente e que a América deve arder nas chamas é concordar com um pensamento medieval de populações que vivem um atraso educacional imenso. A liberdade de expressão é um direito fundamental apresentado às nações ocidentais desde a Revolução francesa. Houveram percalços e atrasos para alguns (Brasil), mas no geral hoje é possível publicar o que você quiser assumindo as responsabilidades sobre tais publicações. Entretanto aqui no ocidente, caso um grupo sinta-se discriminado, ele resolve as dúvidas morais e éticas nos tribunais. Tá, aí você vai dizer que não é bem assim por aqui. Aqui pode não ser, mas e na França? E na Dinamarca? E nos EUA?

A liberdade de expressão é "sagrada" aqui no ocidente e não pode estar condicionada às possíveis reações exageradas (e orquestradas) por parte das populações de países com maioria muçulmana que em geral são conhecidos por desrespeitarem a liberdade de outras crenças em seus territórios. O atraso deles não pode significar um retrocesso nosso de resolver questões desse tipo através do diálogo. Vale ressaltar que no diálogo as partes tem o direito de expressar livremente suas opiniões como deve ser.





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