terça-feira, 19 de abril de 2011

Furada Cultural

Nesse último fim de semana fui conferir o ambiente da Virada Cultura 2011. O pouco que pude ver do evento me deixou com a sensação de que os paulistanos não estão preparados para participar de eventos em que deve prevalecer o respeito mútuo entre os diversos estilos musicais e, mais importante, entre as pessoas.

Falo isso baseado na experiência que tive no palco montado em frente à Estação da Luz (ou prédio do relógio como uma desinformada menina dizia ao celular). Lá iria assistir a uma apresentação bastante interessante que reuniu a Orquestra Experimental de Repertório e a banda Sepultura. Como eu dizia, eu iria assistir se não fosse um grupo de fãs da banda que começaram um bate-cabeça no espaço reservado para as cadeiras em frente ao palco onde espectadores aguardavam o início da apresentação.

Eu acho interessante que os metaleiros, fãs de Sepultura, são os que se dizem os seres superiores da música e vivem marginalizando e ridicularizando os outros gêneros musicais por conta da sua "complexidade musical"(besteira). Porém quando o assunto é civilidade e respeito, parece que eles andam um pouco atrasados. Quero destacar que não foi a maioria que adotou essa postura desrespeitosa, mas uma quantidade suficiente para afastar os fãs de outros gêneros do trabalho do Sepultura.

E vocês? Como foi a Virada Cultural? Ou Furada Cultura?

Um comentário:

  1. Não compareci ao evento. Mas concordo com a parte em que você diz que é besteira marginalizar outros estilos musicais.
    Não importa se a música é difícil de tocar na bateria, guitarra ou qualquer instrumento, isto não a torna melhor(ou pior) que outra música. Além do mais, música não é pra ser algo necessariamente complexo de se executar, pode ser algo simples que divirta, emocione ou simplesmente nos faça dançar.
    Quem vai dizer que Ramones não é música? Ou Sex Pistols, Beatles, Nirvana, Legião Urbana e muitas outras do mais pesado ao mais leve estilo? Nenhuma dessas bandas possui músicas muito complexas de se tocar, mas todas fizeram história e têm seu mérito no cenário musical!

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