segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vida injusta

Até pouco tempo atrás eu enfrentava um problema que eu mal fazia idéia que existia, mas com a ajuda da minha analista eu consegui enxergar ele e depois vi quão banal ele era.
Vou tentar explicar. O meu mundo ideal é um mundo justo, onde tudo e todos são tratados como iguais, julgados como iguais, e não tem nada de errado nisso, mas o problema foi que eu aumentei esse conceito pro lado sentimental também, sem perceber.
Pra tentar explicar com mais clareza , vou citar uma teoria que li no livro Uma Mente Brilhante. Lá, eles citam teoria dos jogos, e uma delas consiste numa soma igual a zero. Por exemplo: X+Y=0 .
Essa soma igual a zero é aplicável a muitas coisas, principalmente nos jogos, onde geralmente temos 2 advesários querendo ganhar, ou seja, enquanto um tem um saldo positivo, o outro fica com saldo negativo. Numa guerra, onde temos grandes perdas, os adversários lutam pra que no final tenha um maior ganho que o inimigo.
Enfim, o problema que eu enfrentei foi ter levado essa "justiça" pro lado emocional. Eu pensava que numa certa situação que eu me deparasse, e sabendo que se eu fizesse tudo certo e as coisas dessem certo, eu pudesse me dar muito bem e ficar muito feliz. Por outro lado, se as coisas não dessem certo, eu iria me dar mal e ficar muito triste.
Eu achava que os resultados teriam que ser proporcionalmente iguais, eu poderia ficar bem ou mal, ótimo ou péssimo, me sentir no céu ou no inferno. Foi aí que eu percebi o quão banal eu estava sendo.
Foi nesse momento que comecei a enxergar coisas interessantes no mundo injusto.
Aprendi que numa situação, os resultados não precisam ser proporcionais pro bem ou pro mal, no fim de determinada situação eu posso ficar ótimo se as coisas derem certo, mas se as coisas derem errado eu não preciso ficar péssimo, posso ficar só um pouquinho decepcionado.
Uma analogia que gostei bastante foi o André quem falou. Que é como jogar na loteria, você pode ganhar milhões de reais ou então só perder uns 10 reais.
Um filme que ilustra bem o que eu quero dizer nesse post é Elizabethtown, um filme que eu gosto muito. Fica aí a dica.
E é nesse filme que tem um dos ensinamentos que eu tento usar na minha vida: Quando você se deparar com um acontecimento ruim e aí fica triste, absorva ele o quanto puder, saboreie ele... mas depois de cinco minutos, jogue-o fora e continue com sua vida.
Mas voltando pro assunto inicial, e encerrando o post, fica aqui mais um tópico de como ser descolado: "Sabendo que o mundo é injusto, tentar sempre sair como beneficiado, sem passar por cima de ninguém".

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