domingo, 27 de março de 2011

É justo?



Após uma série de ataques - e da implantação da zona de exclusão aérea - imposta por uma coalizão de países às forças líbias, os rebeldes começam a retomar as cidades que vinham perdendo com o avanço do exército de Khadafi. Muitas pessoas comemoram o avanço rebelde e, talvez, o início do fim de mais um ditador da região.


Mas... até que ponto é justo intervir em um país soberano para impor determinadas vontades (sendo que algumas consequências dessas vontades são bem conhecidas – basta lembrar que a Líbia é um dos membros da OPEP)? É obvio que a população revoltosa líbia estava sofrendo ataques (e provavelmente sofreria perseguições caso Khadafi retomasse todos os postos), algo lastimável, mas essa intervenção claramente tem muitos mais objetivos do que simplesmente a libertação da população daquele país e o avanço da democracia no mundo árabe.


Os movimentos democráticos nos países árabes são legítimos e exprimem uma vontade de suas populações. Entretanto, forçar um movimento e impor uma vontade será a coisa mais certa a se fazer? Não seria mais certo deixar que a população caminhe com seus próprios pés, que uma possível vitória seja do povo líbio - e não de uma coalizão externa?


E aí, o que vocês acham? É justa a intervenção no país árabe ou não?

2 comentários:

  1. Está bem claro que há interesses além do alegado: Proteger o povo líbio.
    Mais do que sobre a legitimidade das ações estrangeiras na Líbia, me pergunto: Estas medidas serão aplicadas nos "aliados do Ocidente" como Barein e Jordânia, em que os governos tiveram a mesma postura que Kadafi?

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  2. Será que vou ter que chorar em mais uma virada de ano vendo uma ditador sendo enforcado em rede nacional? Um ditador que os estados unidos ajudaram a tomar o poder, quando foi conveniente a eles, e depois julgou e condenou a morte pelas atrocidades cometidas por anos de baixo de seu nariz e sob seu consentimento e diga-se de passagem até muita bem vinda no momento, contra um bando de subversivos.
    Nao, obrigada. Esse filme eu já vi!

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