quinta-feira, 2 de junho de 2011

Polêmicas

Olá pessoal,
eu apareço aqui no blog como colaboradora, mas diga-se de passagem que eu não sou lá muito merecedora desse título. Me falta inspiração ou senso crítico ou simplesmente falta vontade de compartilhar minha opinião, mas hoje aconteceram coisas que me inspiraram!

Ao chegar da aula, para não perder o costume, entrei na internet, no facebook, pra ver o que meus amigos contam de novo, e dei de cara com um vídeo, postado por um ex-professor meu de latim da USP, onde o também professor da USP, José Luiz Fiorin, linguísta super renomado, dá uma entrevista falando sobre a polêmica do livro didático Por uma vida melhor. Esse livro foi distribuído pelo MEC para o ensino fundamental e foi bombardeado pela mídia por "ensinar o português errado".
Na entrevista, Fiorin defende o livro e afirma que ele NÃO ensina errado. Eu como boa aluna que estudou linguística nos livros escrito pelo próprio Fiorin, não tenho como ter opinião contrária. Mas não é minha intenção explicar aqui o porquê (isso vocês podem saber assistindo). O ponto que me interessa é uma das justificativas que ele deu em defesa do livro, em que ele fala que ensinar a norma culta para as crianças é muito mais fácil se antes a criança compreender a língua que ela fala.
Você, que também achou esse livro um absurdo, obviamente não vai se convencer com esse argumento furado. O curioso foi que na minha aula de licenciatura, a qual eu tinha acabado de voltar quando vi esse vídeo, um professor de história que estuda comigo estava discutindo sobre como seria mais fácil ensinar história para as crianças se ele pudesse começar ensinando a história do bairro, da região, da cidade, para que assim, elas tenham mais gosto e entendam melhor a matéria, já que são coisas que fazem parte do cotidiano delas, o que para mim faz todo sentido.
Por que será que mesmo raciocínio é tão fácil de entender quando o assunto é história e tão difícil quando é português?
E vocês o que acham?

4 comentários:

  1. Faz sentido a criança aprender mais usando uma linguagem que ela domine mais.
    E eu ainda não vi o vídeo, mas pelo o que eu já tinha lido sobre esse livro, essas 2 frases erradas são indicadas como um exemplo de uma linguagem informal, mais ou menos isso. E se for isso mesmo então tudo bem.
    Achei mais estranho o livro falar sobre 'preconceito linguístico', que acontece mesmo, eu tenho isso. Mas é estranho... é estranho...

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  2. Ah, e quando eu disse linguagem informal, eu quis dizer que funciona pro português falado, no escrito não dá de jeito nenhum.

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  3. Honestamente, eu acho um baita papo furado essa coisa de que a "criança ou adolescente vai se interessar e estudar se ensinarmos o assunto x". Eu lembro que no colégio todo mundo falava que queria ir pra faculdade porque lá é que iria aprender o que realmente queria. O que acontece na faculdade? A mesma coisa que no colégio, ninguém estuda quase nada, os alunos que eram ruins no colégio, na maioria das vezes, continua ruim na faculdade e o desinteresse em aprender é enorme. O que todos buscam na faculdade é igual ao que buscam no colégio, se formar. E olha que na faculdade estamos estudando o que queremos estudar né...
    E acho que essa coisa de ficar flexibilizando as coisas, deixar o informal entrar na escola, não vai funcionar(isso é só minha opinião). Pois o informal varia de bairro pra bairro, de cidade pra cidade e muda de tempos em tempos(muda rápido), então não haveria uma padronização no que escreveríamos, no que seria certo ou errado, e tudo ficaria uma bagunça.
    Espero que tenha sido claro, fiquei digitando enquanto pensava e meu pensamento é uma bagunça.

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  4. Apesar de que no caso desse professor, ele fala bastante da linguagem oral, aí a discussão seria outra, e eu precisaria pensar a respeito...

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