domingo, 5 de junho de 2011

Ser ou não ser?

Por muito tempo segui a filosofia do "Seja você mesmo". Ajudou na construção da pessoa que sou agora, nas decisões que tomei, etc. Pessoas ainda me aconselham com essa frase hoje em dia.
Porém, já faz um tempo que notei uma mudança no meu comportamento, principalmente no modo que eu me vejo. Eu tenho me achado uma pessoa melhor.
E é isso que traz o assunto desse post, depois de pensar um pouco, me dei conta de que eu não estou mais seguindo à risca eu ser eu mesmo, ao invés disso, cada vez mais eu estou tentando ser a pessoa que eu quero ser, o Edu que eu quero ver daqui um, cinco ou dez anos.
Não vejo nenhum problema em uma pessoa sempre ser ela mesma. Considero até bem legal, sinto que ela tem personalidade. Mas aí eu penso que todo mundo quer ser uma pessoa maravilhosa na vida, alcançar o topo da carreira, ser reconhecido por muitas coisas boas que fez, etc.
E é aí que eu pergunto "Qual caminho levaria uma pessoa a alcançar o topo mais rápido? A filosofia do 'Seja você mesmo', ou a filosofia do 'Seja quem você quer ser'?"
Acredito que o 'Seja quem você quer ser' seja mais eficaz nisso.
Claro que não dá pra levar ao pé da letra tudo isso. Seria muito louco uma pessoa qualquer agir como se fosse um Roberto Justus, do nada. Pra ajudar nisso posso adicionar um pensamento que tive agora... Talvez o ideal fosse 'Seja quem você quer ser, mas sendo você mesmo, mantendo sua essência'.
Existe aquela frase bem conhecida e um tanto polêmica, ao meu ver: "Uma mentira contada muitas vezes acaba se tornando uma verdade". Nesse caso até vale, a pessoa quer mudar um hábito, nisso ela vai aos poucos insistindo em não ter mais o antigo hábito, e depois de um tempo ela acaba perdendo o antigo hábito e substituindo por outro melhor. Tá, teve um certo exagero nessa analogia, mas enfim.
Tem uma frase que ilustra muito bem tudo isso. Eu a tirei do livro 'O Monge e o Executivo': "Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino" (James C. Hunter).
E apesar de tudo, o pensamento de "Seja você mesmo" é válida, mas só para as pessoas que já se consideram no auge delas, só.

Um comentário:

  1. Eu entendi a sua lógica no termo abordado, mas a minha lógica é um pouco diferente: Eu acho que o "Seja quem você quer ser" está ligado diretamente com o "Seja você mesmo", afinal, uma pessoa sempre almeja atingir certos objetivos, e para que tais objetivos sejam alcançados, cabe à pessoa mudar certos hábitos, atitudes e/ou ações.
    Só para tornar o meu pensamento compreensível, eu encaro os dois termos interligados pois me parece que o "Seja quem você quer ser" é o mesmo que "O que você quer ser quando crescer", e se você está decidido quanto ao seu futuro, o "você de hoje" pode ser o "você de amanhã" mas com os objetivos alcançados. E isto não implica em uma mudança de comportamento, onde entraríamos em um outro tema, o "Seja você" ou "Seja outra pessoa".

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